Palabras clave
Resumen
As notícias para crianças e adolescentes constituem uma temática muito pouco explorada no âmbito das ciências da comunicação, nomeadamente no que diz respeito aos estudos de jornalismo. Em Portugal, de facto, as experiências de produção de informação especificamente para os mais novos têm sido raras e espaçadas no tempo. Ainda que a existência de publicações, páginas ou programas de informação para crianças, se inscreva em objectivos comerciais, isto é, fixar e aumentar as audiências, cativando toda a família; reconhecemos, no entanto, os efeitos positivos que isso pode ter na aproximação entre os media e os mais novos. Para isso, espera-se que exista, da parte do emissor, um determinado nível de qualidade, ao nível dos textos, por exemplo. Da parte do receptor, por sua vez, é desejável que a informação seja integrada em estratégias de acompanhamento familiar e pedagógico. Entendemos ainda esta tendência de produção de informação para os mais novos como um complemento à educação para os media, que, de resto, não tem merecido grande preocupação nos últimos tempos em Portugal. Partimos para este trabalho com a motivação de que qualquer criança tem o direito de acesso à informação, como condição indissociável da sua formação enquanto cidadão e participante activo no espaço público do qual faz parte. Assim, pretendemos dar a conhecer algumas experiências de informação que é feita tendo as crianças como público alvo. Na televisão, destaque para o «Jornalinho», que foi para o ar em 1984, e que se assumia como um mini-telejornal, transmitido aos sábados ao final da manhã. Mais tarde, o «Caderno Diário» e actualmente o «Quiosque»; este último já com um formato mais próximo do entretenimento do que da informação. Apesar disso, todos estes programas, desenvolvidos pela RTP assumiram o mesmo objectivo: trocar as notícias mais importantes por «miúdos» e explicar aos mais novos (entre os 8 e os 14 anos) a actualidade. Para esta análise, teremos como objecto de estudo o programa «Quiosque», emitido diariamente no canal Dois, da estação televisiva de serviço público. Os objectivos desta comunicação passam por fazer uma breve contextualização histórica, além de traçar as tendências temáticas, as orientações editoriais e as preocupações com a linguagem utilizada. Interessa-nos sobretudo perceber até que ponto existe o cuidado de envolver as crianças e jovens com os temas que dominam a agenda pública, contribuindo assim para o desenvolvimento da formação de uma opinião sobre a actualidade e para o fomento de uma cidadania activa. Responder à questão «Que espaço lhes é dado para exprimirem os seus pontos de vista sobre os diferentes assuntos, proporcionando a sua participação?» é, pois, outro dos principais objectivos deste trabalho.
Referencias
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Candeias, C. (2005). When children are the public: analysing the information from Quiosque. [Cuándo niños son el público: analizar la información de Quiosque]. Comunicar, 25. https://doi.org/10.3916/C25-2005-218